sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Depoimento de um ex- drogado....



   Meu primeiro contato com as drogas iniciou quando eu tinha apenas 12 anos de idade e cursava o Ensino Fundamental. No intervalo das aulas, um amigo se aproximou com um papo sorrateiro me estimulando a experimentar um cigarrinho de maconha.
A princípio achei aquilo um pouco estranho, mas ele argumentava que aquilo não fazia mal, e que depois quando eu quisesse poderia simplesmente parar de fumar. Assim, sem muitos questionamentos acabei entrando na dele.
Confesso que aquele primeiro contato com a erva foi bem legal. E, desse contato inicial, foram cerca de dois anos usando continuamente com os amigos, especialmente, nos intervalos das aulas.
Com o tempo o consumo foi-se tornando mais freqüente, até que num determinado dia não tinha mais tanta graça fumar maconha com os amigos da escola. Depois de certo tempo de uso contínuo a maconha perde efeito, e passei a querer uma quantidade cada vez maior. Isso me levou a querer experimentar uma coisa diferente, algo mais forte e desafiador. Foi aí que teve início minha derrocada.
Aos 15 anos de idade já era um usuário dependente. E, antes de completar os 16 anos comecei a vender cigarros de maconha e papelotes de cocaína para outras pessoas, tornando-me assim mais um traficante na escola.
Com o tempo passei a ser dominado pelos narcóticos. Por vezes permanecia sem consumir e os efeitos da abstinência me torturavam de tal forma que acaba retornando ao uso recorrente.
Nessa fase conseguia ficar algumas semanas sem fumar maconha, mas a falta da cocaína me dava uma depressão gigantesca, o que me fazia sentir apatia, sonolência, dores musculares e até pensar em suicídio.
Ficava o tempo todo irritado, nervoso e era grande o meu entorpecimento intelectual. Não tinha rendimento nenhum nos estudos e passei a ter um comportamento agressivo em casa, na escola e na rua também.
Aos 18 anos apresentava um quadro de dependência crônica, pois estava consumindo álcool, cigarros e outras diversas drogas de forma desregrada. Dessa forma, com o uso sistemático acabei sofrendo diversos efeitos colaterais, chegando ao caso extremo de sofrer problemas circulatórios e respiratórios. Foi assim que num dado momento tive uma overdose.
Poucos usuários sobrevivem à uma overdose sem seqüelas graves. Tenho plena convicção que só sobrevivi por pura sorte, e por ter contado com apoio de amigos e familiares que me internaram numa clínica especializada para tratamento de drogados.
Dessa forma, passei 4 anos em tratamento que envolveu a aplicação de técnicas psicológicas e educativas para a consecução de uma abstinência das drogas a longo prazo.
Tudo isso foi muito duro e, hoje, aos 22 anos, vejo com tristeza que perdi parte de minha vida. Isso me faz querer atuar de forma intensa para que outras pessoas não passem pelo mesmo sofrimento que tive.
Por isso, fiz essa Carta, para aconselhar todas as pessoas a não se embrenharem nessa vida. Os traficantes não são amigos de ninguém; eles não têm escrúpulos e só pensam no lucro sujo do tráfico. Eles não se importam se a sua vida vai para o buraco, pois só querem o seu dinheiro.
Tenha certeza disso, meu amigo, os traficantes não se preocupam com a sua saúde, por isso fecham os seus olhos para as coisas boas da vida e te guiam para o abismo.
Se você não estiver atento, vai acabar com sua vida, tornando-se mais uma vítima do narcotráfico.
Diga não às drogas !!!

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

POR QUE OS JOVENS USAM DROGAS ?




          Muitos podem ser os motivos que levam um jovem para o mundo das drogas. Entre eles, a procura de um prazer que para o jovem representa o êxtase, a euforia. Muitas vezes é a fuga de uma realidade difícil de lidar à nível consciente.
Como consciências psicológicas, há todo um transtorno comportamental e um prejuízo das atividades como: estudo, trabalho, convivência com as pessoas devido a mudanças de humor. Além do fato que o uso de drogas acarreta, com o tempo, danos às estruturas cerebrais.
A família fica desesperada. Muitas vezes não sabem como lidar com o jovem e há atritos graves entre membros da família. Há uma forte perturbação emocional, o que necessitaria de um trabalho orientado de um profissional. A família teria que fazer um trabalho no sentido de se fortalecer do ponto de vista emocional para com isso poder ajudar a pessoa envolvida com drogas, e este precisaria de um acompanhamento psicológico com o objetivo de fortalecer a auto-estima e conseqüentemente se livras das drogas.
Fica difícil dizer o que é certo e o que não é, quem é bandido e quem é mocinho, onde está o bem e o mal. Mas não dá para fugir da realidade. DROGA é uma coisa perigosa e muita gente se arrasa por causa dela. O assunto está ai: na TV, nos jornais, na rua, na escola, na casa do lado e, talvez, na sua. Finge que não é com você é um péssimo jeito de se prevenir.
Considerando o tráfico, o número de crimes, problemas de saúde e todas as vidas que são arruinadas pela droga, dá uma imensa vontade de ser radicalmente contra elas. Mas nesses campo é muito difícil ser radical. A distância entre beber um copo de cerveja gelada num dia de calor e morrer de cirrose hepática é enorme. Tão grande quanto a que existe entre fumar maconha uma vez na vida e morrer de overdose. Seria inútil exterminar todas as substâncias que podem ser usadas como droga porque são muitas. E não esqueça que droga é sinônimo de remédio e a mesma coisa que mantém a vida de monte de pessoas pode deixar outras viciadas. Proibir não é a solução. Fingir que o problema não existe ou acontece apenas com os outros resolve muito menos. Diante desse impasse, não vá saindo como quem não tem nada com isso. Viciado não é só gente doida, barra pesada, marginal ou pavorosa Muita gente bonita, elegante e sincera como você acaba se viciando às vezes por brincadeira. As fronteiras entre o certo e o errado são invisíveis e, assim, ninguém sabe mostrar o comportamento ideal a ser adotado. O que se sabe é que as drogas são um risco enorme.
73,9% dos estudantes de escolas públicas de 10 capitais brasileiras já exprementaram algum tipo de drogas.
76% dos portadores do vírus da AIDS entre 11 e 19 anos contraíram a doença por meio das drogas intravenosas.
Já te ofereceram alguma droga? 33% dos entrevistados de 10 a 12 anos, 49% dos de 13 a 15 anos e 67% entre 16 e 18 anos responderam sim.
"Comecei fumando uns baseadinhos em festas, tomando umas bebidinhas. Eu sempre achei que era forte para lidar com as drogas. Então eu alternava uma época careta, uma época chapado. Para tentar me enganar, eu tentava trocar a dependência por álcool mas não adiantava. Eu estava sofrendo. Eu estava fugindo de um problema que vinha desde a adolescência: admitir que a droga era mais forte que eu. Uma hora me dei conta que ou todo mundo se afasta de você ou você acaba numa overdose. Três amigos meus morreram, dois de overdose e outro que injetou na veia pó de mármore comprado como cocaína. Eu optei pela vida. Estou brigando com unhas e dentes. Eu queria que alguém tivesse me dito: não tenta nem experimentar. Eu achava que careta era otário. Mas não é nada disso: os malucos é que são otários." C. 34 anos.
Por quê o adolescente se envolve com as drogas? Por quê um jovem de apenas 14 ou 15 anos começa a trilhar o caminho da toxicomania?
Além dos motivos citados acima, há, no caso do uso de drogas, um fator muito importante que é a fuga da realidade. O jovem quando vira adolescente se decepciona, pois nada é como ele pensava, então decide entrar no mundo do tóxico. Viver no mundo real não lhe interessa mais. A irrealidade é seu universo, onde tudo é mais colorido e onde se acha respostas para todos os problemas.
Inquéritos feitos entre jovens mostram que, em sua maioria, foram levados a primeira experiência com tóxicos por curiosidade. Ressaltam também o papel dos amigos que influenciam no consumo das drogas.
"A informação que a televisão, os pais e os educadores passam é de que a droga mata, é uma coisa horrível, deixa dependente. Mas já o amigo do clube, da escola, do condomínio diz que não é nada disso, que é bom e dá segurança. Então o jovem fica curioso, com dúvidas, e resolve experimentar. No dia seguinte, ele vê que não morreu e nem ficou dependente e passa a acreditar no amigo, lógico. Aí mora o perigo... O jovem passa a procurar nas drogas aquilo que não existe. O uso constante poderá torná-lo doente, dependente de doses cada vez maiores e de drogas mais fortes. Isto pode levá-lo até ao suicídio.
Parece que, hoje em dia, as pessoas não têm noção de que as drogas fazem mal e que não é bom usá-las. O jovem precisa de uma cervejinha para bater papo, fumar um "baseado" para ver um show... Ele está sem noção da cobrança que vai vir mais tarde, em função deste uso de drogas." - depoimento de Aurélio Santo Sé (CONEN)
Tomar uma droga é um substituto para a satisfação que uma atividade bem sucedida traz. Uma visita a qualquer rua à noite, mostra rapidamente que a droga é freqüentemente o "prêmio consolação" para muitos jovens insatisfeitos.









Vamos falar um pouco da Maconha, onde o usuario acredita que nao vicia, no entanto nao conseguem largar.
Veja alguns danos causados pela Maconha.




    Como a Maconha Age no Organismo
Pontos de Ação da Droga Onde a droga age


1-Cortéx Frontal.
Controla o comportamento.
A euforia tem origem aqui.
2-Núcleo Acumbenspode sediar o mecanismo
que causa dependência.
3-HipocampoÉ o setor que guarda informações.
Se atingido perde-se a memória.
4-CerebeloResponde às alterações
da coordenação motora.
Quando um psicotrópico chega ao cérebro, estimula a liberação de uma dose extra de um neurotransmissor, provocando as sensações de prazer. À medida que o uso vai se prolongando, o organismo do usuário tenta se ajustar a esse hábito. O cérebro adapta seu próprio metabolismo para absorver os efeitos da droga. Cria-se, assim, uma tolerância ao tóxico. Desse modo, uma dose que normalmente faria um estrago enorme torna-se em pouco tempo inócua. O usuário procura a mesma sensação das doses anteriores e não acha.
Por isso, acaba aumentando a dose, para uma dose maior para obter o mesmo efeito. A dependência vai assim se agravando continuamente. Como o psicotrópico imita a ação dos neurotransmissores, o cérebro deixa de produzi-los. A droga se integra ao funcionamento normal do órgão. E quando falta o “impostor” químico, o sistema nervoso fica abalado. É o que popularmente se conhece como a síndrome da abstinência da droga.

Os neurotransmissores são substâncias químicas capazes de transmitir um sinal elétrico de um neurônio a outro. Assemelham-se a um eletrólito de bateria, o qual permite que a corrente elétrica circule pelas placas. Depois de retransmitir o sinal elétrico o neurotransmissor normalmente é reabsorvido, para não ficar estimulando indefinidamente os outros neurônios, permitindo que eles possam reagir rapidamente a novas exigências.

As drogas que provocam euforia, como a cocaína, impedem essa reabsorção, de modo que o cérebro fica super-ativado. Não é difícil perceber o estrago que essa intervenção antinatural pode provocar, quando se sabe que num minuto ocorrem trilhões de trocas neuroquímicas no cérebro. Não é sem razão que muitos especialistas em drogas chamam esse estado de "prazer espúrio"... Os especialistas costumam dividir as drogas em dois tipos: leves e pesadas.

Drogas leves são as que causam "dependência psíquica", que significa o desejo irrefreável de consumir a droga. Drogas pesadas são aquelas que além da dependência psíquica causam também a física, ou seja, a sua falta acarreta uma síndrome de abstinência tão violenta, com sintomas físicos tão dolorosos, que o viciado procura desesperadamente pela droga a fim de aliviar a ânsia de consumo. Por essa razão, fumo e álcool podem ser considerados como drogas pesadas, apesar de serem socialmente aceitas.


    Efeitos no organismo
Ao chegar na corrente sangüínea, a maconha passa por todos os tecidos do organismo. As sensações experimentadas variam com o teor de Delta 9THC das preparações (que varia de acordo com a parte da planta utilizada e o modo como são preparadas), via de introdução e absorção do Delta 9THC. Os efeitos variam muito de indivíduo para indivíduo e dependem da personalidade e mesmo do grau de experiência do indivíduo no uso da droga.

Os efeitos são os mais diversos possíveis, a seguir listados, estão alguns efeitos e males causados pelo uso da maconha:

A curto prazo, os efeitos comportamentais típicos são:
  1. período inicial de euforia (sensação de bem-estar e felicidade, seguido de relaxamento e sonolência).
  2. quando em grupo, ocorrem risos espontâneos
    (risos e gritos imoderados como reação a um estímulo verbal qualquer).
  3. perda da definição de tempo e espaço: o tempo passa mais lentamente (um minuto pode parecer uma hora ou mais), e as distâncias são calculadas muito maiores do que realmente são (um túnel de 10 metros de comprimento.
    Pôr exemplo pode parecer ter 50 ou 100 metros).
  4. coordenação motora diminuída: perda do equilíbrio e estabilidade postular.
  5. alteração da memória recente.
  6. falha nas funções intelectuais e cognitivas.
  7. maior fluxo de idéias
  8. pensamento mais rápido que a capacidade de falar,
    dificultando a comunicação oral, a concentração, o aprendizado e o desenvolvimento intelectual.
  9. idéias confusas.
  10. aumento da freqüência cardíaca (taquicardia).
  11. hiperemia das conjuntivas (olhos vermelhos).
  12. aumento do apetite (especialmente por doces) com secura na boca e garganta.

Doses mais altas de podem levar a:
  1. alucinações, ilusões e paranóias.
  2. pensamentos confusos e desorganizados.
  3. despersonalização.
  4. ansiedade e angústia que podem levar ao pânico.
  5. sensação de extremidades pesadas.
  6. medo da morte.
  7. incapacidade para o ato sexual (até impotência).
A longo prazo, a extensão dos danos, bem caracterizados,
se restringem ao sistema pulmonar e cardiovascular.

  1. maior risco de desenvolver câncer de pulmão.
  2. diminuição das defesas, facilitando infecções.
  3. dor de garganta e tosse crônica.
  4. aumenta os riscos de isquemia cardíaca.
  5. percepção do batimento cardíaco.
Observação:A mulher que amamenta passa as toxinas da droga para a criança através do leite materno.













Tráfico de Drogas

O tráfico de drogas no Rio está ligado diretamente às três maiores facções criminosas da cidade: Comando Vermelho, Terceiro Comando e Amigos dos Amigos.

Tudo indica que o tráfico começou mesmo no Rio nos anos 1980, quando alguns moradores de favela passaram a vender cocaína. Como num passe de mágica, aqueles que eram pobres tornaram-se ricos e poderosos. A rotina do tráfico de drogas tornou-se comum ao longo dos anos. Mais e mais pessoas foram atraídas pelos benefícios associados a ele, como dinheiro, poder e reconhecimento. Hoje, a insegurança e o medo fazem com que as pessoas ligadas ao tráfico praticamente não saiam da favela. Elas sabem que o caminho do comércio ilegal de drogas geralmente leva à prisão ou à morte.

A vida no tráfico é um ciclo vicioso. A falta de oportunidade, somada à chance de ganhar dinheiro, resulta muitas vezes na entrada em uma facção criminosa. A atração começa já na infância, quando as crianças ficam seduzidas pelas motos, dinheiro e pelas namoradas dos traficantes.

Muitas crianças entram no mundo do tráfico sem nem mesmo notar. Envolvem-se com pessoas ligadas ao crime, levam recados dentro das favelas e acabam virando o que os traficantes chamam de “aviõezinhos”. É o primeiro posto na hierarquia do tráfico. Uma vez dentro do ciclo do tráfico, fica difícil sair. O tráfico de drogas gera uma dependência parecida com a do uso de drogas. O poder, o reconhecimento, as informações privilegiadas, a hierarquia, as regras e o medo da morte são características difíceis de deixar.

Muitas crianças crescem nesse meio até se tornarem adolescentes. Em qualquer classe social a adolescência é uma fase complicada. É uma época de construção de identidade, quando se começa a aprender quem se é. Para um adolescente de classe baixa, que vive em uma sociedade racista e elitista, tudo fica mais difícil. Ele se sente ignorado, invisível e muitas vezes rejeitado. O tráfico acaba preenchendo essa lacuna. Valoriza esses jovens, coloca-os num grupo onde são notados e respeitados. O adolescente se torna protagonista, produz reações nas pessoas, se torna alguém visível. Para muitos, a entrada no mundo do tráfico é uma tentativa desesperada de construir uma identidade.

Esses jovens convivem com a realidade do tráfico e aprendem as regras dentro deste sistema. Depois de “aviõezinhos”, crescem e assumem novas posições, viram “fogueteiros”. Ficam no alto da favela e disparam fogos quando avistam a polícia, são olheiros para o tráfico.

O próximo passo é trabalhar dentro da boca de fumo (lugar onde a droga é vendida) e virar ajudante do gerente. Assim, eles vivenciam o dia-a-dia do tráfico, ganham bastante dinheiro e começam a ser respeitados dentro do grupo. Quando o chefe da boca é morto, um desses meninos assume a venda das drogas e fica completamente envolvido no tráfico. Mas muitos não chegam a ser gerente de boca, pois antes disso morrem em confrontos com a polícia ou com facções rivais. Se eles conseguem escapar dos tiroteios, algumas vezes acabam mortos em disputas dentro da própria quadrilha.

A rede de hierarquia é muito respeitada dentro do tráfico. São regras feitas dentro da rotina, que não precisam ser escritas para serem obedecidas. O dono do ponto é o grande chefe e controla toda uma rede de “funcionários”, cada um com suas responsabilidades. Todos sabem que as regras precisam ser cumpridas, para não gerar conseqüências como expulsões ou execuções.

Na ausência de governo, a facção é o maior poder dentro das favelas. Cabe a ela não só resolver disputas e punir crimes, mas também providenciar as necessidades da vida cotidiana, como promover o baile funk e construir benfeitorias. A facção seduz a população para dentro do tráfico, oferece favores à comunidade. Os moradores acabam recorrendo aos traficantes para ajudar a solucionar problemas graves.

Hoje o dinheiro ganho no tráfico é menor do que antigamente. A insegurança das favelas, as guerras entre facções rivais e as propinas que precisam ser pagas a policiais corruptos diminuíram o lucro dos traficantes.

Um estudo feito pela Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro em dezembro de 2008 estimou que o tráfico no Rio (maconha, cocaína e crack) fatura entre 316 e 633 milhões de reais por ano, mas lucra em torno de 130 milhões. Entre os altos custos dos traficantes, estão o de logística de fornecimento, de autoproteção e das perdas decorrentes das apreensões policiais. Estima-se que há gastos de entre 121 e 218 milhões de reais por ano com a reposição de armas e a compra de produtos.

Com o passar do tempo o tráfico também se tornou mais perigoso. As facções criminosas hoje possuem um grande armamento. Elas estão cada vez mais violentas, e a rivalidade entre elas vem ocasionando guerras constantes. A luta pelo poder e o domínio do território tem feito muitas vítimas em um cenário de horror que apavora os moradores.

A população da comunidade vive com medo da violência, das normas de poder impostas, das balas perdidas e dos tiroteios constantes. As regras do tráfico fazem com que os moradores mudem sua rotina. São regras essenciais para a sobrevivência nas comunidades comandadas por facções criminosas.