Muitos podem ser os
motivos que levam um jovem para o mundo das drogas. Entre eles, a
procura de um prazer que para o jovem representa o êxtase, a euforia. Muitas
vezes é a fuga de uma realidade difícil de lidar à nível consciente.
Como consciências psicológicas, há todo um transtorno
comportamental e um prejuízo das atividades como: estudo, trabalho, convivência
com as pessoas devido a mudanças de humor. Além do fato que o uso de drogas
acarreta, com o tempo, danos às estruturas cerebrais.
A família
fica desesperada. Muitas vezes não sabem como lidar com o jovem e há atritos
graves entre membros da família. Há uma forte perturbação emocional, o que
necessitaria de um trabalho orientado de um profissional. A família teria que
fazer um trabalho no sentido de se fortalecer do ponto de vista emocional para
com isso poder ajudar a pessoa envolvida com drogas, e este precisaria de um
acompanhamento psicológico com o objetivo de fortalecer a auto-estima e
conseqüentemente se livras das drogas.
Fica difícil dizer o que é
certo e o que não é, quem é bandido e quem é mocinho, onde está o bem e o mal.
Mas não dá para fugir da realidade. DROGA é uma coisa perigosa e muita gente se
arrasa por causa dela. O assunto está ai: na TV, nos jornais, na rua, na escola,
na casa do lado e, talvez, na sua. Finge que não é com você é um péssimo jeito
de se prevenir.
Considerando o tráfico, o número de crimes,
problemas de saúde e todas as vidas que são arruinadas pela droga, dá uma imensa
vontade de ser radicalmente contra elas. Mas nesses campo é muito difícil ser
radical. A distância entre beber um copo de cerveja gelada num dia de calor e
morrer de cirrose hepática é enorme. Tão grande quanto a que existe entre fumar
maconha uma vez na vida e morrer de overdose. Seria inútil exterminar todas as
substâncias que podem ser usadas como droga porque são muitas. E não esqueça que
droga é sinônimo de remédio e a mesma coisa que mantém a vida de monte de
pessoas pode deixar outras viciadas. Proibir não é a solução. Fingir que o
problema não existe ou acontece apenas com os outros resolve muito menos.
Diante desse impasse, não vá saindo como quem não tem nada com isso.
Viciado não é só gente doida, barra pesada, marginal ou pavorosa Muita gente
bonita, elegante e sincera como você acaba se viciando às vezes por brincadeira.
As fronteiras entre o certo e o errado são invisíveis e, assim, ninguém sabe
mostrar o comportamento ideal a ser adotado. O que se sabe é que as drogas são
um risco enorme.
73,9% dos estudantes de escolas públicas de 10
capitais brasileiras já exprementaram algum tipo de drogas.
76% dos
portadores do vírus da AIDS entre 11 e 19 anos contraíram a doença por meio das
drogas intravenosas.
Já te ofereceram alguma droga? 33% dos
entrevistados de 10 a 12 anos, 49% dos de 13 a 15 anos e 67% entre 16 e 18 anos
responderam sim.
"Comecei fumando uns baseadinhos em festas,
tomando umas bebidinhas. Eu sempre achei que era forte para lidar com as drogas.
Então eu alternava uma época careta, uma época chapado. Para tentar me enganar,
eu tentava trocar a dependência por álcool mas não adiantava. Eu estava
sofrendo. Eu estava fugindo de um problema que vinha desde a adolescência:
admitir que a droga era mais forte que eu. Uma hora me dei conta que ou todo
mundo se afasta de você ou você acaba numa overdose. Três amigos meus morreram,
dois de overdose e outro que injetou na veia pó de mármore comprado como
cocaína. Eu optei pela vida. Estou brigando com unhas e dentes. Eu queria que
alguém tivesse me dito: não tenta nem experimentar. Eu achava que careta era
otário. Mas não é nada disso: os malucos é que são otários." C. 34 anos.
Por
quê o adolescente se envolve com as drogas? Por quê um jovem de apenas 14 ou 15
anos começa a trilhar o caminho da toxicomania?
Além dos motivos
citados acima, há, no caso do uso de drogas, um fator muito importante que é a
fuga da realidade. O jovem quando vira adolescente se decepciona, pois nada é
como ele pensava, então decide entrar no mundo do tóxico. Viver no mundo real
não lhe interessa mais. A irrealidade é seu universo, onde tudo é mais colorido
e onde se acha respostas para todos os problemas.
Inquéritos
feitos entre jovens mostram que, em sua maioria, foram levados a primeira
experiência com tóxicos por curiosidade. Ressaltam também o papel dos amigos que
influenciam no consumo das drogas.
"A informação que a televisão,
os pais e os educadores passam é de que a droga mata, é uma coisa horrível,
deixa dependente. Mas já o amigo do clube, da escola, do condomínio diz que não
é nada disso, que é bom e dá segurança. Então o jovem fica curioso, com dúvidas,
e resolve experimentar. No dia seguinte, ele vê que não morreu e nem ficou
dependente e passa a acreditar no amigo, lógico. Aí mora o perigo... O jovem
passa a procurar nas drogas aquilo que não existe. O uso constante poderá
torná-lo doente, dependente de doses cada vez maiores e de drogas mais fortes.
Isto pode levá-lo até ao suicídio.
Parece que, hoje em dia, as
pessoas não têm noção de que as drogas fazem mal e que não é bom usá-las. O
jovem precisa de uma cervejinha para bater papo, fumar um "baseado" para ver um
show... Ele está sem noção da cobrança que vai vir mais tarde, em função deste
uso de drogas." - depoimento de Aurélio Santo Sé (CONEN)
Tomar uma droga é
um substituto para a satisfação que uma atividade bem sucedida traz. Uma visita
a qualquer rua à noite, mostra rapidamente que a droga é freqüentemente o
"prêmio consolação" para muitos jovens insatisfeitos.
Vamos falar um pouco da Maconha, onde o usuario acredita que nao vicia, no entanto nao conseguem largar.
Veja alguns danos causados pela Maconha.
Como a Maconha Age no Organismo
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Onde a droga
age
1-Cortéx Frontal.Controla o comportamento. A
euforia tem origem aqui. 2-Núcleo Acumbenspode sediar o
mecanismo que causa dependência. 3-HipocampoÉ o setor que
guarda informações. Se atingido perde-se a memória.
4-CerebeloResponde às alterações da coordenação motora.
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Quando um psicotrópico chega ao cérebro, estimula a liberação
de uma dose extra de um neurotransmissor, provocando as sensações de prazer. À
medida que o uso vai se prolongando, o organismo do usuário tenta se ajustar a
esse hábito. O cérebro adapta seu próprio metabolismo para absorver os efeitos
da droga. Cria-se, assim, uma tolerância ao tóxico. Desse modo, uma dose que
normalmente faria um estrago enorme torna-se em pouco tempo inócua. O usuário
procura a mesma sensação das doses anteriores e não acha.
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Por isso, acaba aumentando a dose, para uma dose maior para
obter o mesmo efeito. A dependência vai assim se agravando continuamente. Como o
psicotrópico imita a ação dos neurotransmissores, o cérebro deixa de
produzi-los. A droga se integra ao funcionamento normal do órgão. E quando falta
o “impostor” químico, o sistema nervoso fica abalado. É o que popularmente se
conhece como a síndrome da abstinência da droga.
Os neurotransmissores
são substâncias químicas capazes de transmitir um sinal elétrico de um neurônio
a outro. Assemelham-se a um eletrólito de bateria, o qual permite que a corrente
elétrica circule pelas placas. Depois de retransmitir o sinal elétrico o
neurotransmissor normalmente é reabsorvido, para não ficar estimulando
indefinidamente os outros neurônios, permitindo que eles possam reagir
rapidamente a novas exigências.
As drogas que provocam euforia, como a
cocaína, impedem essa reabsorção, de modo que o cérebro fica super-ativado. Não
é difícil perceber o estrago que essa intervenção antinatural pode provocar,
quando se sabe que num minuto ocorrem trilhões de trocas neuroquímicas no
cérebro. Não é sem razão que muitos especialistas em drogas chamam esse estado
de "prazer espúrio"... Os especialistas costumam dividir as drogas em dois
tipos: leves e pesadas.
Drogas leves são as que causam "dependência
psíquica", que significa o desejo irrefreável de consumir a droga. Drogas
pesadas são aquelas que além da dependência psíquica causam também a física, ou
seja, a sua falta acarreta uma síndrome de abstinência tão violenta, com
sintomas físicos tão dolorosos, que o viciado procura desesperadamente pela
droga a fim de aliviar a ânsia de consumo. Por essa razão, fumo e álcool podem
ser considerados como drogas pesadas, apesar de serem socialmente aceitas.
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Efeitos no organismo
Ao chegar na corrente sangüínea, a maconha passa por todos os
tecidos do organismo. As sensações experimentadas variam com o teor de Delta
9THC das preparações (que varia de acordo com a parte da planta utilizada e o
modo como são preparadas), via de introdução e absorção do Delta 9THC. Os
efeitos variam muito de indivíduo para indivíduo e dependem da personalidade e
mesmo do grau de experiência do indivíduo no uso da droga.
Os efeitos
são os mais diversos possíveis, a seguir listados, estão alguns efeitos e males
causados pelo uso da maconha:
A curto prazo, os efeitos
comportamentais típicos são:
- período inicial de euforia (sensação de
bem-estar e felicidade, seguido de relaxamento e sonolência).
- quando em grupo, ocorrem risos
espontâneos
(risos e gritos imoderados como reação a um estímulo verbal
qualquer).
- perda da definição de tempo e espaço: o tempo
passa mais lentamente (um minuto pode parecer uma hora ou mais), e as distâncias
são calculadas muito maiores do que realmente são (um túnel de 10 metros de
comprimento.
Pôr exemplo pode parecer ter 50 ou 100 metros).
- coordenação motora diminuída: perda do
equilíbrio e estabilidade postular.
- alteração da memória recente.
- falha nas funções intelectuais e cognitivas.
- maior fluxo de idéias
- pensamento mais rápido que a capacidade de
falar,
dificultando a comunicação oral, a concentração, o aprendizado e o
desenvolvimento intelectual.
- idéias confusas.
- aumento da freqüência cardíaca (taquicardia).
- hiperemia das conjuntivas (olhos vermelhos).
- aumento do apetite (especialmente por doces) com
secura na boca e garganta.
Doses mais altas de podem
levar a:
- alucinações, ilusões e paranóias.
- pensamentos confusos e desorganizados.
- despersonalização.
- ansiedade e angústia que podem levar ao pânico.
- sensação de extremidades pesadas.
- medo da morte.
- incapacidade para o ato sexual (até impotência).
A longo prazo, a extensão dos danos, bem
caracterizados, se restringem ao sistema pulmonar e cardiovascular.
- maior risco de desenvolver câncer de pulmão.
- diminuição das defesas, facilitando infecções.
- dor de garganta e tosse crônica.
- aumenta os riscos de isquemia cardíaca.
- percepção do batimento
cardíaco.
Observação:A mulher que
amamenta passa as toxinas da droga para a criança através do leite materno.
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